domingo, 28 de fevereiro de 2010

Educação


Num domigo geladinho e chuvoso saí com uma amiga que há muito tempo não via com o objetivo de ver um filme.
Qual filme?
Educação.
Por que?
Bom... Um dia um coleguinha de trabalho twittou falando relativamente bem do filme, um tempo depois li que o roteiro era do Nick Hornby (que eu adooooooooooooooooro /gay) e ainda por cima acabei descobrindo que ele foi indicado a 3 Oscars (melhor filme, melhor atriz e melhor roteiro adaptado).
Isso porque uma semana atrás eu nem sabia quem era esse filme na noite.

Aaaaanyway, o filme é sobre uma garota, Jenny, que leva uma vida parada. Parada demais. Ela é um espírito livre, que quer conhecer o mundo e a vida, mas a sua escola, pais e planos para estudar em Oxford são osbtáculos para essa vida. No entanto, aparece David... Um homem que vem lhe oferecer tudo que ela sempre quis e nunca pode ter.
Eu esperava um filme cult, lento, daqueles que você sente vontade de levantar da cadeira e mandar todo mundo tomar no cu.
Mãããããããs...
A história é interessante, nada fenomenal ou inovador. Nem nada chato ou insuportável. Dá para rir, embarcar na viagem que o filme propõe.
Um filme bem feito e com ótimas atuações, principalmente na carismática Carey Mulligan. Consegue ser um bom divertimento para seu domingo de tarde.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Nós Somos o Mundo, Nós Somos as Crianças...


Em janeiro de 1985, 45 artistas (entre eles nomes como Ray Charles, Bob Dylan, Diana Ross e Stevie Wonder) se reuniram para formar o grupo USA for Africa e arrecadar grana para o combate da fome na África. Para isso, o grupo gravou uma canção escrita por Michael Jackson e Lionel Richie, chamada "We Are The World", produzida habilmente por Quincy Jones e que tornou-se um grande sucesso da época.


Em fevereiro de 2010, 93 artistas (entre eles nomes como Justin Bieber, Nicole Richie, Pink e Fergie... sim, esses mesmos!) se reuniram para arrecadar grana para ajudar as vítimas dos terremotos no Haiti. Para isso, eles gravaram uma canção escrita 25 anos antes chamada "We Are The World", que foi produzida porcamente por Quincy Jones e outros caras e que, esperamos, seja esquecida nos próximos anos.


Sim, o tom indignado do parágrafo acima não é a toa.
Tudo o que eu senti escutando esse "We Are the World 25 for Haiti" foi VERGONHA!!!
Vergonha em ver tanto nome ruim numa mesma música... além de ver tanto nome bom ser disperdiçado.

Primeiro, qual a necessidade de regravar uma música que já tinha servido (e muito bem) ao seu propósito?
Podem dizer que era para ser simbólico, podem dizer que era para comemorar os 25 anos da gravação original... mas eu chamo de OPORTUNISMO!!!
Não sabemos se eles estavam usando o aniversário da música como pretexto para ajudar o Haiti, ou se estavam usando a tragédia como pretexto para comemorar o aniversário.
Dos dois modos, a iniciativa soa como algo falso e perde, na minha opinião, totalmente a credibilidade.

Segundo, queria saber quem foi a paca que chegou com a idéia de dar a primeira linha da música, antes cantada pelo Lionel Richie, para um moleque de 15 anos como esse tal Justin Bieber???
Não que o garoto seja ruim ou coisa do tipo, não estou discutindo gosto... mas acho que é necessario ter um pouco mais de maturidade pra esse tipo de coisa. Uma coisa é colocar a Miley Cyrus (que, aliás, não faz feio a sua parte), mas um moleque de 15 anos que alcançou o sucesso a cerca de 3 meses???
Fica óbvio que o intuito é aproveitar que ele é o novo queridinho da mídia e das garotas adolescentes. Mas devia ter um pouco a ver com talento, não...?

Terceiro... é de uma tristeza sem fim ouvir as partes com rap.
Principalmente ao ver o próprio Quincy Jones dizer que, para os adolescentes de hoje, os rappers são os novos roqueiros!!! Quer dizer, o quão triste é isso???
A tentativa de "atualizar" a música acabou se tornando, isso sim, um grande desrespeito à obra original. Não me levem a mal, não tenho nada contra o estilo, mas é a mesma coisa que pegar "Give Peace a Chance", do John Lennon, e colocar um MC Hammer fazendo um rap e um "wicka-wicka-wicka" em cima.
O que alguns chamam de "atualização", eu chamo de puro "SACRILÉGIO"!!!

Quarto, da até vergonha ver nomes como Brian Wilson, Barbra Streisand, Celine Dion, Adam Levine, Al Jardine, Jennifer Hudson e vários outros músicos de qualidade como Carlos Santana e a guitarrista Orianthi completamente disperdiçados no meio de toda a bagunça.
Aliás, triste também ver o nome de Quincy Jones e Lionel Richie na produção da música. Sim, pois esse é o verdadeiro ponto fraco do single. Da até a impressão de ter sido produzido por iniciantes, tantas as falhas. E poucos são os momentos de emoção verdadeira, apenas proporcionados (ironicamente) pelo Wyclef Jean e... bem, acho que foi o único que mostrou um pouco de emoção na bagaça toda.


Podem me chamar de chato ou conservador, mas qualquer mérito dessa regravação deve ser atribuido unicamente à música original.
Muita firula, pretensão demais e qualidade de menos, além de vários grandes talentos disperdiçados (a Renatinha aliás certamente vai citar o talento dos 3 irmãos Jonas...).
É isso que vai ficar dessa "homenagem".

É claro que vai ser sucesso.
É claro que, no fim, é tudo por uma boa causa.

Mas, bem...
Se é pra fazer alguma coisa, que faça bem feito!
Porque sempre vai existir um babaca blogueiro pra criticar.

Tire sua própria conclusão ouvindo (e assistindo) a nova versão clicando AQUI!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Isso me cansa.


Não. Não é um post sobre a música do Ecos Falsos.

Essa música é sobre gente preconceitusa no mundo musical, é... isso não falta né?

Semana passada, o Vampire Weekend lançou o clipe da música "Giving up the gun" (ótima música, por sinal) e eu fui obrigada a ler comentários bem idiotas sobre ele por um único motivo: um dos irmãos Jonas está no vídeo.
A minha indignação vai além do fato de eu gostar de Jonas Brothers (pode zuar, i don't care), é uma questão simples... é uma questão de ser babaca.
É... babaca!
Você ficar revoltado porque sua banda indie queridinha colocou um dos Jonas no clipe é tão patético que teve gente na minha lista de Twitter que ganhou um unfollow sem dó.
Eu queria saber qual é o problema de um artista pop participar do clipe da banda? O que tem de absurdo? Aliás, é a própria banda te mostrando que esse tipo de preconceito imbecil não existe.

Aliás, qual é o problema das pessoas com a música pop? Tem muita coisa boa e eu não tenho medo de afirmar que tenho um pé bem forte nesse mundo. Você pode dizer que tem muita porcaria, mas até aí em qualquer tipo de música tem coisa boa e muita porcaria. Só que você classificar tudo como ruim só porque você não gosta, é simplesmente patético.

Eu não sou nenhuma "Senhorita Perfeita" e já tive esse tipo de idéia boba, mas abrir a cabeça musicalmente não faz mal a ninguém.
Não é um texto "pró-Jonas Brothers" isso aqui e sim, um texto "anti-preconceito babaca".

Se você não viu ainda, o vídeo está aqui. É um clipe bem bacana e conta com muito mais gente que o Joe, então engole o choro e deixa de ser bobo.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ensaio Sobre Uma Garota


Ela está na minha vida há 5 anos.

Ela sabe me fazer rir de um jeito que ninguém mais consegue.
Ela me acalma, ela me anima, ela me alegra.
Ela tem um jeito especial de me fazer perceber que, por pior que as coisas estejam, elas nunca estão tão ruins, pelo simples fato dela estar do meu lado.
Ela faz o melhor miojo com bacon que eu já provei.
Ela tem um coração maior que o mundo.
Ela da os melhores presentes.
Ela é meu apoio quando não tenho mais onde me agarrar.
Ela me entende antes mesmo que eu me entenda.
Ela me conhece melhor que qualquer pessoa.

Nunca falta assunto nas nossas conversas, nunca faltam abraços quando a gente se encontra.
E por mais que a gente brigue, tudo sempre acaba em risadas.
E em Coca-Cola.

Ela é a melhor amiga que uma pessoa pode ter.

Do tipo que eu sei que posso ligar a qualquer hora para tirar qualquer peso do meu peito.
E mesmo que ninguém entenda direito o nosso nível de amizade, a única coisa que importa é que nós entendemos.
Ela me completa, é tudo que importa.
Simples assim.

E eu posso falar, sem o mínimo vestígio de dúvida, que eu daria a minha própria vida por essa garota.
Sem pensar duas vezes.

A melhor amiga que uma pessoa pode ter...

E eu tenho.


Feliz aniversário, Renatinha.
E obrigado por fazer parte da minha vida.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Zombieland


[O Brancatelli não pôde escrever o texto de hoje, então estou substituindo a criança!]

Os zumbies estão em alta.
Tdo mundo gosta deles, todo mundo quer saber deles...
Lançado em outubro de 2009 nos Estados Unidos, o Zombieland arrecadou uma bilheteria de 25 milhões de dólares. No Brasil, o filme só chegou recentemente.

Eu o tinha no computador faz muito tempo, mas eu tenho pouquíssima paciência para assistir filmes no computador. Acho que no fim das contas fiz muito bem, a sensação de assistir no cinema e com um amigo é bem mais divertida.

O filme conta com um ótimo elenco, como Woody Harrelson e Abigail Breslin. Ah, claro! Sem deixar de fora a sensacional participação do Bill Murray!!!
O filme é bem humorado, corre bem, nada cansativo e é cheio de sangue. O filme não floreia ou dramatiza demais as coisas.

Ele tem tudo que fãs de zumbis e de bons filmes podem querer.
Corre pro cinema!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O provável fim do Fall Out Boy


Pois é.
Sad, but true.
Pete Wentz declarou no seu Twitter e em seu blog que, até onde sabe, o Fall Out Boy está numa pausa, mas ele não sabe nada do futuro da banda...
Isso já foi o bastante para deixar muitos fãs desesperados, no entanto todo mundo sabe que o Pete dá declarações assim mesmo... que ele é chegado numa atençãozinha.
Só que foi o vocalista da banda, Patrick Stump, que deu a declaração definitiva: "I can't imagine playing in FOB again.".

Ele não se imagina tocando com o Fall Out Boy de novo?
É, a coisa parece séria.

Na comunidades e fóruns da banda os fãs devem estar enlouquecidos, mas como é que eu, fã declarada do FOB, me sinto?
Não tão triste quanto você possa imaginar.
Eu acho que a banda até que durou bastante, levando em conta a diferença de personalidade dos integrantes, principalmente do Pete e do Patrick. "Ah, mas eles são amigos desde novinhos...", exato... ó que tem brincadeiras que quando você tem 15 anos tem graça, mas quando você já tem mais de vinte, não. O Pete parece ter 15 anos eternamente, o Patrick não.
Também tem o fator musical. A banda, com seu último cd, deu de fato a sensação de ter fechado um ciclo, seus cds vão mudando e evoluindo até chegarem no Folie a Deux. Acho que eles contribuíram para a música o suficiente. Se tivessem contribuído mais: ÓTIMO! Mas acabando, eles não deixam nada a ser feito, sabe!?

Não me levem a mal... eu fico chateada de não ter mais um novo cd para aguardar, mas acho que eles deixaram um ótimo trabalho na nossa história.

Bom, só me resta aguardar que o Patrick estivesse de brinks ou ver no que dá o cd solo dele.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cash


Os artistas se tornaram chatos.

Quando tablóides e programas de TV revelam cada detalhe insignificante da vida das celebridades e a Internet possibilita que qualquer pessoa invada a privacidade de qualquer pessoa (famosa ou não), fica difícil encontrar alguém realmente interessante no meio de tudo isso.
Por isso, diante de tantas pessoas que disponibilizam sua intimidade pelo preço certo, é um achado encontrar tantas biografias sobre o mesmo indivíduo e que não conseguem revelar quase nada sobre sua vida.

É por isso que vale tanto a pena ler a história em quadrinhos "Johnny Cash - Uma Biografia".
É a prova de que algumas histórias são tão interessantes que acabam se escrevendo sozinhas.

Publicada em 2006 na Alemanha mas lançada aqui no Brasil apenas no final do ano passado, a HQ parte do mesmo momento que o filme com o Joaquin Phoenix (que estava em produção ao mesmo tempo que a história em quadrinhos): o concerto na prisão Folsom, que deu origem ao álbum ao vivo "Johnny Cash At Folsom Prison". Mas as similaridades entre as duas biografias acabam por aí.
Enquanto que o filme prefere romantizar a vida do cantor, focando em seu relacionamento com June Carter, o álbum em quadrinhos pode realmente ser chamado de biografia, mostrando de forma muito mais crua uma vida regada por álcool, drogas e demônios internos.
Ainda assim, as duas obras de certa forma se complementam, com uma mostrando fatos que não estão na outra. É até divertido juntar as informações e ter um retrato mais completo do músico.

"Johnny Cash - Uma Biografia" tem seus momentos cansativos, e peca principalmente pelos desenhos irregulares e por alguns diálogos piegas e irreais... mas ganha muitos pontos por mostrar o lado mais obscuro de Johnny Cash e principalmente pela sequência final, mostrando um astro velho e solitário em fim de vida (inclusive mostrando a gravação da música Hurt, cujo clipe eu recomendo MUITO e considero um dos melhores já feitos. É só clicar aqui!). Johhny Cash morreu em 2003.
Mas o grande trunfo da biografia é a quadrinização das músicas do cantor, como A Boy Named Sue, Folsom Prison Blues e a clássica Cocaine Blues. Ao mesmo tempo que serve como uma grande homenagem aos fãs, serve também para que o público maior se interesse pela obra. Afinal, antes de tudo, Johnny Cash era um contador de histórias, como ele mesmo diz a certa altura de sua vida.

Mesmo com seus pontos altos, a obra está longe de ser a biografia completa de Johnny Cash... e isso é mais um ponto a favor.
É o mistério que o envolve que acaba tornando sua vida ainda mais interessante.

E enquanto esses segredos continuarem tão bem guardados, a vida de Johnny Cash continuará sendo, merecidamente, objeto de culto para qualquer fã de música.